"Coaching" em Desenvolvimento Sustentável Coaching in Sustainable Development
"Benchmarking" em Sustentabilidade Benchmarking in Sustainability
Comunicação Interna e Externa em Desenvolvimento Sustentável Internal and External Communication in Sustainable Development
Relatórios em Sustentabilidade e Meio Ambiente Reports on Sustainability and Environment
Orientação em Conselhos Consultivos de Desenvolvimento Sustentável Guidance in Advisory Councils for Sustainable Development
Livro narra como grandes empresas no Brasil
caminham em direção à sustentabilidade
Como as empresas instaladas no Brasil estão operando interna e externamente para conduzir seus negócios na direção da sustentabilidade? Como enfrentam seus dilemas quando uma ação socioambiental responsável ameaça o lucro? O que dizer aos acionistas? Qual o papel das empresas na transição da economia tradicional para a economia verde?
Estas e outras questões igualmente polêmicas e fundamentais fazem parte do mais
novo livro do engenheiro Fernando Almeida: “Experiências empresariais em
sustentabilidade – avanços, dificuldades e motivações de gestores e empresas”,
que será lançado pela editora Elsevier/Campus no dia 21 de outubro no TUCA(PUC) em São Paulo e no dia 22 na
Livraria Travessa do Shopping Leblon no Rio de Janeiro.
O livro traz narrativas de 14 grandes empresas instaladas no Brasil, mostrando de forma transparente e isenta, como seus CEOs e administradores enfrentam os complexos desafios impostos a quem opta por esse modelo de gestão.
Além das diferentes experiências empresariais, colhidas por uma equipe de repórteres especializados e depois contextualizadas pelo autor, o livro faz também uma ampla exposição sobre a transição da economia tradicional, predadora e irresponsável, para a economia verde. Nesse capítulo, Fernando Almeida analisa as informações mais recentes sobre os cenários futuros – aquecimento global, mitigação e adaptação, refugiados ambientais, empregos verdes, escassez de água – e como esses cenários estão conectados com a atividade empresarial.
Autor de “Os desafios da sustentabilidade – uma ruptura urgente”, lançado em 2006 pela mesma editora e condecorado pelo Prêmio Jabuti, Fernando Almeida explica que seu novo livro abre duas frentes de discussão. Uma interna, mostrando como as empresas estão reformulando radicalmente o desenvolvimento de produtos e serviços, diante da nova realidade do mercado. E a segunda frente, como as empresas devem se posicionar para sobreviver no longo prazo e, principalmente, como podem influenciar os demais setores da sociedade para a construção do desenvolvimento sustentável.
- Essas duas frentes de discussão visam estimular a reflexão de que as ações socioambientais das empresas, com práticas de ecoeficiência, responsabilidade social corporativa, relacionamento com seus stakeholders, são muito importantes, mas não bastam – afirma Fernando Almeida, que também é professor e presidente-executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
Ele explica em seu livro que empresas, governos e a sociedade em geral precisam estar preparados para sobreviver num novo cenário diante dos dramáticos desafios ambientais e sociais.
- A reversão da curva do aquecimento global, o uso sustentável da água, a manutenção dos ativos ambientais, a inclusão no mercado de dois terços da população mundial são desafios que só serão alcançados por meio de um estruturado entendimento entre todos. Seria impossível, por exemplo, reconfigurar a matriz enérgica, substituindo fontes sujas por fontes limpas e renováveis, com a participação de um setor isoladamente.
As empresas eleitas
A ideia do livro “Experiências empresariais em sustentabilidade – avanços, dificuldades e motivações de gestores e empresas” surgiu de uma conversa entre o autor e diretores da Elsevier/Campus.
- Concluímos que o mercado editorial brasileiro carece de um documento, um guia, sobre o estado da arte das práticas do setor privado em sustentabilidade – lembra Fernando Almeida.
O primeiro passo foi instituir um Conselho Consultivo para escolher, com base em parâmetros de sustentabilidade de reputação inquestionável, as empresas que deveriam participar. O grupo listou 122 empresas que preenchiam um ou mais dos quatro pré-requisitos básicos: pertencer ao Índice Dow Jones de Sustentabilidade de Nova York, pertencer ao Índice de Sustentabilidade da Bovespa, estar listada no Guia Exame de Sustentabilidade e/ou ser associada ao Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.
Ao final do processo, foram selecionadas 14 empresas: 3M, Alcoa, Amanco, Anhanguera Educacional, Banco Real, Basf, Carrefour, Coca-Cola, EDP Energias do Brasil, HCBS, Natura, Petrobras, Philips e Suzano. A Holcim, que deu o suporte financeiro inicial do projeto, participa do livro com o prefácio escrito por seu presidente, Carlos F. Buhler.
A ideia inicial era selecionar dez empresas, número suficiente para se adequar ao planejamento editorial. Mas diante do equilíbrio da votação, o número foi ampliado. O Conselho Consultivo foi formado por seis especialistas: Ana Cristina Barros (The Nature Concervancy), Fernando Almeida (CEBDS), José Eli da Veiga (USP), José Maria Mesquita (FEEMA), Maria Raquel Marques (Fundação Dom Cabral) e Ricardo Voltoline (Revista Idéia Socioambiental).
- As empresas receberam os repórteres encarregados da pesquisa de forma transparente, narrando histórias de sucesso, dificuldades, percalços e, principalmente, sem se furtar a responder críticas – explica Fernando Almeida.
O prefácio do livro é assinado por Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e vice-secretário-geral da ONU. Para expressar a visão multissetorial, o livro traz ainda depoimentos do diretor da Holcim Carlos Eduardo Garrocho de Almeida e do professor Emerson de Almeida, presidente da Fundação Dom Cabral, eleita recentemente a escola de formação de executivos de maior reputação na América Latina.
O autor está convencido de que o livro será fundamental para transformar os discursos em práticas da realidade intra e extra muro das empresas, oferecendo um instrumento de trabalho de uso diário dos operadores de desenvolvimento sustentável no setor produtivo.
- Esperamos assim contribuir com a solução para o grande desafio da atualidade, que é aceleração da transição de um desenvolvimento tradicional para o sustentável – finaliza.
